Alguns anos depois, em 1913, passando a se chamar Clube Atlético Mineiro. Não demorando muito para as primeiras taças serem alcançadas, o clube foi o primeiro Campeão Mineiro em 1915. Foi na segunda metade dos anos 20, porém, que a primeira grande equipe surgiu e também peças da nossa seleção: na figura de três atacantes insaciáveis, o Trio Maldito, conquistando novas taças. Na década seguinte veio uma das gerações mais marcantes, que além dos títulos mineiros obtiveram a conquista de Campeão dos Campeões, uma era que também será representada. Jogando com muita raça & amor, foram seis títulos mineiros na década de 40 e a predominância em Minas foi inapelável. Se não bastasse, o Atlético MG tornou-se o primeiro clube da era profissional a excursionar pela Europa, e fez bonito! Saíram agraciados pela imprensa europeia e obtiveram alcunha de 'Campeões do Gelo'!
Com o crescimento do maior rival, os anos 60 foram um pouco mais difíceis. Mas na década seguinte, o Atlético brilhou formando suas gerações mais talentosas, certamente a base da Seleção Atleticana de Todos os Tempos aqui escolhida. Entram os Campeões Mineiro e Brasileiro de 1970-71 e o complemento com a época 1976 a 86, turma que conquistou a Copa dos Campeões do Brasil e inúmeros Campeonatos Mineiros (9), além de duas vezes ser finalista nacional. Nos anos 90, ocorrem boas campanhas nacionais e internacionais do Atlético, como a aspiração das Copas Conmebol (1992 e 97), além de novos títulos mineiros. Ao marco da primeira década do Século XX, contudo, algumas tristezas abateram. Mas a recuperação foi emocionante, o Atlético ressurgiu com um “Time do Impossível”, entre 2012 a 14, obtendo glórias monumentais, inclusive a maior da história do clube: a Copa Libertadores da América. Além da Copa do Brasil, Recopa Sul-Americana e mais taças estaduais. Assim, sempre com grandes formações e craques vultosos, apoiado incessantemente por uma massa apaixonada e vibrante, o Clube Atlético Mineiro torna-se, como diz o hino, um time Imortal!
A Seleção do Atlético MG de Todos os Tempos, construída pelo FutClássico
tentou representar toda a história do Galo, ficando organizada nessa formação:
Na proteção da meta atleticana, o guardião escolhido é Kafunga. Figura das mais populares de Belo Horizonte em seu tempo, tornou-se uma mítica lenda durante 20 anos vestindo a camisa atleticana, sendo 19 temporadas como titular. Goleiro carismático e líder, costumava criar inovadas formas de defender. Tinha boa estatura para a posição e mãos enormes, que ajudavam no seu talento natural. Sempre muito concentrado, gostava de gabar-se por nunca ter levado um franco. Chegou ao clube no ano de 1935 e fez parte de três grandes gerações: conquistou os títulos Mineiros de 1936, 38, 39, 41, 42, 46, 47, 49 e 50, a Copa dos Campeões de 1937 e integrou a delegação 'Campeã do Gelo' na excursão pela Europa em 1950. “Foi o maior goleiro que Minas já teve” chegou testemunhar o ex-cronista esportivo Hugo Aroeira.
A reserva é de Victor, que poderia ser perfeitamente o titular. Afinal, foi através de suas defesas milagrosas, em pênaltis retirados com os pés, que o clube alcançou sua conquista mais importante: a Libertadores de 2013. O São Victor, como também passou a ser chamado, começou a fazer parte do Galo em 2012, já passando dos 400 jogos pelo clube. Além da América, conquistou três Campeonatos Mineiros, a Recopa Sul-Americana de 2013 e a Copa do Brasil de 2014.
Como terceiro goleiro, entra João Leite. Recordista de jogos pelo clube com 684 partidas, se notabilizou como um dos melhores goleiros do país em seu tempo e ajudou na conquista de onze Campeonatos Mineiros, da Copa dos Campeões do Brasil e da Copa Conmebol.
LATERAIS DIREITO
A lateral-direita só poderia ser servida por Nelinho, um dos maiores da posição no futebol brasileiro. Dotado de uma bomba nos pés, também possuía muita técnica, sendo seus avanços um perigo constante as metas adversárias. Chegou ao clube em 1982, já consagrado com a camisa do rival, com a torcida atleticana demorando a aceita-lo, mas mostrando raça e muito futebol, Nelinho conseguiu acabar com as desconfianças. Jogou durante cinco anos, em 274 partidas, e conquistando três títulos Mineiros.
Na reserva outro grande nome, conhecido por Mexicano. Além de jogar com raça e disposição, tinha grande habilidade e sempre se mostrou um apaixonado pelo Galo, afirmando ser uma honra vestir a camisa do clube. “Em vez de se preocupar com os pontos, os pontas é quem se preocupavam com ele” chegou a afirmar o ex-presidente atleticano, José Cabral. O lateral fez parte de uma das eras mais vitoriosas, sendo um dos elementos chaves da equipe entre 1946 a 50.
ZAGUEIROS (quarto ou terceiro)
Impossível não admirar a classe, a técnica e a inteligência do quarto-zagueiro Luizinho. Menos possível é deixa-lo de fora do sistema defensivo atleticano. Para boa parte da torcida foi o melhor zagueiro da história do clube. Capaz de fazer antecipações precisas e tomar com classe a bola dos atacantes, também distribuía passes certeiros, sendo um craque de fato. O ídolo atuou em 537 jogos com a camisa do Galo e conquistou seis títulos Mineiros. Tinha um estilo calmo, leve e sereno, jogava como se estivesse divertindo-se em campo, era um defensor de enorme visão de jogo e categoria. Fez parte também, como jogador do Atlético, da inesquecível Seleção Brasileira de 1982. “Luizinho tinha uma visão de jogo e passes impressionantes”, afirmou Neylor Lasmar, ex-médico do clube.
Para fechar a dupla-defensiva titular, um dos grandes ídolos recentes: Leonardo Silva. Perito em bolas aéreas (seja pra defender ou atacar), foi dele o gol de empate na final com o Olímpia/PAR pela Libertadores. Conquistou ainda 4 Mineiros, a Recopa e a Copa do Brasil. Além de seguro na defesa, o zagueiro artilheiro também se destacou como um líder, sendo muitas vezes capitão do time. Sua trajetória já passa dos 370 jogos pelo clube.
Os suplentes da retaguarda atleticana, também tem grande valor:
A começar pela figura de grande compostura técnica, o zagueiro Murilo. Chegou a ser comparado com ninguém menos que Domingos da Guia, se destacando por anos como um dos melhores zagueiros do Brasil. Formou o melhor trio final da história do Galo ao lado de Kafunga e Ramos, além de fazer parte de uma época vencedora em duas passagens, pelos anos 40 e 50.
Também como opção, símbolo de proteção e grande figura do primeiro título brasileiro, o xerifão Vantuir. Sem brincar em serviço, o zagueiro se destacou pela entrega em campo. Fez mais de 500 jogos, conquistou o Brasileiro e três Mineiros, Sendo o escolhido pra fechar a defesa atleticana.
LATERAIS ESQUERDO
Mostrando muita raça, marcação dura, brigando e parando jogadores como o ponta Natal, o lateral-esquerdo uruguaio Cincunegui tem um lugar no coração da massa. Baixinho e troncudo, a valentia do uruguaio foi intensa em quase 200 jogos, principalmente nas conquistas do Mineiro de 1970 e do Campeonato Brasileiro de 1971. O falecido locutor atleticano Vilibaldo Alves, dizia que: “Poucos souberam transmitir como ele o espirito alvinegro”.
Na sua reserva, fica o polivalente Odair, que podia jogar tanto na lateral-esquerda como no meio-campo, exercendo sempre segurança, bons cruzamentos na área adversária e encaixando bem, em toda formação do Galo nos anos 70. Além disso, tinha bons chutes de longa distância e em cobranças de falta. Ajudou o Atlético nas conquistas do Mineiro e Brasileiro, além de atuar em 282 jogos com a camisa preta e branca.
MEIO-CAMPISTAS (Volantes & Meia-Ofensivos)
Com a boa proteção e saída de jogo, possuindo dois craques na posição de volante, buscamos escalar o Atlético em um esquema tático bem moderno, sendo apenas um meia mais ofensivo. Por sinal um gênio, para auxiliar no ataque demolidor.
O primeiro volante é Zé do Monte. Símbolo do "atleticanismo", costumava entrar em campo erguendo um Galo nas mãos (o mascote do clube), era um jogador de futebol refinado, atuava sempre de cabeça erguida, tinha muita categoria, preciso nos passes e entrega interminável, um pulmão do time. Nas excursões do Atlético pela Europa, apaixonou o público estrangeiro com um futebol lustroso. Chegou a se submeter a dolorosos tratamentos médicos para continuar jogando pelo Atlético, seu grande amor, mas teve de encerrar a carreira antes dos 30 anos, devido uma forte lesão no joelho. “Ele possuía uma técnica indescritível. Jogava de cabeça erguida e fazia lançamentos com precisão” chegou a relatar Marcelo Guzela, ex-diretor do Galo.
Possivelmente um dos três maiores ídolos da história do clube, tem lugar nesse meio-campo o grande Toninho Cerezzo. Capaz de jogar um pouco mais ofensivo ou mais recuado, tinha um jeito as vezes desengonçado, chegando a ser chamado de peladeiro pelas más línguas, mas era um craque de boa técnica, proteção e ofensividade. Começou nos dentes de leite do clube, dormindo no alojamento de Lourdes, quando lançado ao time de cima. Era incansável na movimentação, sempre com boa velocidade dando ritmo ao jogo e aparecia na frente como elemento surpresa. “Meu posicionamento exigia muito condicionamento físico” afirmava Toninho. O volante chegou a disputar duas Copas do Mundo, também se consagrou em outros clubes e atuou na Europa.
Mais a frente, como principal organizador a circular, um showman: mesmo já consagrado, Ronaldinho foi trazido pelo Atlético com certa desconfiança da imprensa, mas bastaram alguns jogos e o Gaúcho mostrou para a mineirada muito da sua genialidade. Com ele a magia aconteceu, suas jogadas plásticas, dribles desconcertantes, esperteza, além dos gols, fizeram o Atlético sonhar e realizar façanhas ainda não alcançadas. Foram 88 jogos entre 2012 a 14, assinalando 28 vezes pelo Galo, o bastante para o Bruxo levar o clube ao topo do futebol, conquistando o Campeonato Mineiro, a Copa Libertadores e a Recopa. O gênio de marca mundial ainda acabou difundindo a imagem do clube pelo mundo, numa importância além das quatro linhas.
Como possíveis substitutos, nomes também memoráveis:
Com grande capacidade defensiva, mas também sabendo atuar como volante (na época Médio-Central), Brant foi um dos nomes mais importantes do clube entre 1927 a 32, vencendo 4 Mineiros e fazendo 101 jogos. Toda a saída de jogo e criação passava pelos seus pés, para o brilho do temível ataque maldito.
Com quase 400 jogos pelo clube, o valente e bom de bola Paulo Isidoro assume lugar nas opções da seleção atleticana. Não existia bola perdida pra esse volante, meia, ponta, lateral. Tiziu, como era chamado, era um coringa, sempre corria o campo inteiro até o último minuto do jogo, com garra e bom futebol. Pelo Atlético conquistou os títulos estaduais de 1976, 78 e 1985, 86.
Por fim, mais ofensivo, Guaracy Januzzi, o Guará, que talvez fosse o maior nome do clube na segunda metade dos anos 30. Chegou em 1933 e só saiu em 1940, fazendo cerca de 200 jogos, com 168 gols marcados. Por sua movimentação, dribles curtos e poder de fogo, o atacante franzino ganhou o apelido de Perigo Louro. Também sabia armar-jogo e, apesar do apelido, fora de campo era um jogador exemplar e educado, perigo só para as defesas adversárias. Tinha grande capacidade de marcar gols de cabeça, chegando a levantar a bola pra ele mesmo enfiar a testada. Mas, foi justamente assim, que teve de encerrar a carreira após sofrer um trauma craniano, em disputa com o zagueiro do Cruzeiro, Caieira, no ano de 1939. Ficaria receoso de continuar jogando.
ATACANTES (Pontas & Centroavantes)
Poucos clubes têm uma tradição tão forte em atacantes como o Atlético MG. Assim, sendo necessário deslocar alguns nomes importantíssimos para poder escala-los nesta Seleção Atleticana!
Um dos primeiro grandes ídolos e por muitos anos o maior da história, o avançado Mário de Castro foi uma bandeira do Atlético Mineiro. "Nunca chutava uma bola fora", afirmava o atleticano José Secondino dos Santos. Possuidor de técnica esmerada, Mário tinha mesmo um arremate extremamente preciso, sendo um finalizador perfeito e mortal. Atuava como centroavante, mas sabia circular por toda a área ofensiva, além de possuir capacidade de pensar jogadas. Impulsionou o crescimento da torcida e foi intensamente amado pela massa, formando com Jairo e Said o famoso Trio Maldito. Com personalidade forte e geniosa, não permitindo ninguém falar mal do seu amado clube e, segundo a lenda, chegando a negar a Seleção Brasileira após convocação para Copa de 1930, pois, só iria se fosse pra ser titular. Depois não teve novas oportunidades. Mas com a camisa atleticana fez história. Era um jogador completo, fundamental para o Atlético ser Bicampeão Mineiro/1925-26 e quebrar a hegemonia do América, então Decacampeão. Sua estreia foi marcada por três gols contra o Coelho mineiro. Jogou no Galo de 1925 a 31, com 100 partidas e assinalou 195 gols, média absurda de 1,95 gols/jogo, a maior conhecida entre atletas de futebol no Brasil – e talvez do mundo. Conquistou ainda o título mineiro de 1931. Faria um jogo de despedida no clube em 1940, marcando gol na ocasião.
Mais centralizado se apresenta o maior nome da história do Atlético MG em todos os tempos, o Rei, Reinaldo! “Rei, Rei, Rei, Reinaldo é nosso Rei”. Cantava em grito infinito a torcida do Atlético, apaixonada pelo talentoso centroavante. Além de maior artilheiro da história do clube, com 255 gols, era um jogador genial, de fina categoria e técnica excepcional. Diziam que seus pés dominavam todos os segredos da bola. Reinaldo teve uma trajetória marcada por gols magistrais, muitas vezes driblando vários defensores ou com toques de perfeição vencendo os goleiros. Nas comemorações, fez do braço erguido e punho fechado sua marca registrada. Só era parado com faltas, que muitas vezes foram desleais, afastando o craque dos gramados – chegou a fazer cinco cirurgias, sendo quatro só nos joelhos. “Minhas pernas não acompanhavam mais meu raciocínio”, chegou a lamentar, abandonando a carreira prematuramente aos 28 anos. Revelado pelo clube, o Rei da torcida atuou de 1973 a 1985, conquistando um Hexacampeonato Mineiro entre 1978 a 83, a Copa dos Campeões Brasileiros de 1978, Taças em excursões no exterior (como o Torneio de Paris, entre outros) e levou o Atlético a duas finais de Brasileiros (1977 e 80), sendo artilheiro uma vez. Na Seleção Brasileira participou da Copa do Mundo de 1978, sendo muito lamentado o fato de não ter podido jogar em outros mundiais.
Na ponta-esquerda, com 368 jogos e 122 gols, ganha lugar Éder. Desde a infância sonhou em jogar pelo Atlético, ao lado do ídolo Buião. Só chegando ao clube em 1980, após uma troca envolvendo Paulo Isidoro com o Grêmio. Não demorou para ganhar o coração da massa, com sua habilidade, velocidade e chutes violentos. Admirado por muitas mulheres, o ponta também deixava os amantes da bola seduzidos pelo seu futebol. Conquistou um Tetracampeonato Mineiro entre 1980 a 83, além de outro estadual em 1989.
Como opções ofensivas do banco, outros três nomes importantíssimos:
Com velocidade, dribles e penetrações em profundidade, o ponta-direita Lucas Miranda foi um dos grandes protagonistas do famoso Atlético do fim dos anos 40 e começo de 50. Atuou em 179 jogos e marcou 152, sendo o quinto maior goleador da história atleticana. Na excursão à Europa foi vice-artilheiro (7 gols em 10 jogos). Era disciplinado, em dez anos nunca foi expulso de campo e chegou a receber o prêmio Belfort Duarte. Conquistou os Mineiros de 1946, 49, 50, 52 e 1953.
Folclórico e irreverente, Dario, o Dadá Maravilha, foi o autor do gol no título Brasileiro de 1971 e tornou-se um dos maiores ídolos da Massa. Centroavante de grande poder aéreo, bom posicionamento e ótimo finalizador, Dadá chegou a marcar 290 gols em 211 partidas com a camisa atleticana. Entre suas frases emblemáticas, dizia "Não existe gol feio. Feio é não fazer gol". Foram quatro passagens pelo clube (1968 a 72, 1974, 1978-79 e 1983), sendo a primeira, evidentemente, que o levou a eternidade na história atleticana. Além do título nacional, conquistou dois títulos Mineiros (1970 e 78). É assumidamente um torcedor fanático do clube!
Com 274 jogos e 135 tentos, atuando de 1950 a 60, o centroavante Ubaldo é outra opção de banco, deslocado na ponta-esquerda. Chegou sob desconfiança, a imprensa o achava “esquisito”, com uma maneira particular de jogar. Mas aos poucos foi vencendo os olhares tortuosos. Trombando, com velocidade e bastante entusiasmo, Ubaldo acreditava nas bolas impossíveis, tentava gols em condições adversas, assim achando caminho para algumas vitórias do Atlético. Fosse com gols espiritas ou ajudando os companheiros, pois saia bem da área. Não participou da Excursão à Europa, mas venceu os títulos Mineiros de 1950, 52, 53, 54, 55 e 1958, sendo duas vezes artilheiro do estadual (1953 e 58).
TÉCNICO OU AUXILIAR TÉCNICO
Dois nomes importantíssimos na construção de grandes equipes, podendo dividir funções.
O outro, é recordista de jogos treinando o clube, trata-se do Mestre Telê Santana. Era o comandante do título Mineiro de 1970 e da conquista do Brasileiro de 1971, quando o Atlético chegou sem favoritismo, mas superou São Paulo e Botafogo. Também foi treinador na conquista do Mineiro de 1988.
Kafunga (1935-1954)
Nelinho (1982-87)
Luizinho (1978-89)
Léo Silva (2011-)
Cincunegui (1968-73)
Zé do Monte (1946-56)
Toninho Cerezzo (1972-83/1996-97)
Ronaldinho (2012-2014)
Mário de Castro (1926-31)
Reinaldo (1973-1985)
Éder (1980-85/1989-90/1994-95)
RESERVAS
Victor (2012-)
João Leite (1976-88/1990-92)
Mexicano (1946-49)
Murilo (1944-49/1955-56)
Vantuir (1968-74/1975-78)
Oldair (1968-73)
Brant (1927-32)
Paulo Isidoro (1975-79/1985-87)
Guará (1933-40/1951)
Lucas Miranda (1944-54)
Ubaldo (1950-55/1958-61)
Dadá Maravilha (1968-72/1974/1978-79/1983)
COMISSÃO TÉCNICA:
Cuca e Telê Santana.