A expansão imperialista na Itália, após o país se recuperar da Grande Depressão, foi muito além do crescimento econômico. Aquele predomínio chegava  também ao futebol, com as conquistas nas Olímpiadas e de duas Copas do Mundo, sob importante contributo do governo fascista, durante a década de 30. Nesse processo, a cidade de Turim teve uma curiosa correlação. Durante a fase vitoriosa do país no futebol, a Juventus (Pentacampeã Italiana) foi uma importante base com seus craques. A grande crise de 1929, que afetou os italianos, havia, inclusive, surgido após a ultima conquista de outra equipe de Turim, o Torino campeão em 1927-28. E seria justamente com os Touros, em meio ao avanço da Guerra, que a Itália viria nascer um futebol encantador e indomável, forjado por jogadores do próprio país, que só seriam ceifados pelo destino cruel, fosse perante o auge do regime de Mussolini ou por uma tragédia, em tempos aos quais a geração Italiana tinha grandes chances de novamente dominar o futebol mundial. Porém, para sempre eternos nos corações dos amantes do futebol.

O DESPERTAR DO TOURO
 

Ao fim dos anos 30, depois de apenas uma conquista de Copa Itália e atuação coadjuvantes na Liga Italiana, ao mesmo tempo que observou amargamente o maior rival fazer uma hegemonia, o Torino mudaria completamente de patamar com a chegada à presidência de um influente industrial da cidade de Turim, o lendário comendador Ferruccio Novo. Apaixonado torcedor do clube desde a infância, ele não mediu esforços para recolocar (com a ajuda dos elementos Janni, Ellena e Sperone) o clube nos caminhos da eternidade a partir de 1939. Gestor de empresas bem sucedidas, iniciou um modelo de aplicação financeira bem atual, numa cooperação entre a riqueza produzida por suas maquinas e o futebol no time grená. Além da profissionalização, o empresário dará poder capital ao clube na descoberta e produção de craques.

Para isso a delegação de uma comissão no clube será feita com competências especificas, diferente das normas antigas sob atuações em conjunto, agora cada membro terá sua função. Percebendo a enorme capacidade de futebol produzida por húngaros e austríacos em modelos táticos aquele tempo, Ferrucio Novo decide trazer para o clube o húngaro Ernst Egrierbstein, que será muito importante na inicial modelação da equipe. Suas capacidades vão além de conhecedor de futebol (ex-jogador do AK de Budapeste), Egrierbstein era professor de educação física e famoso por sua psicologia em conciliar grupos. Teria forte apoio de toda a camada granata, incluindo o do conselho dos quais estava Vittorio Pozzo, para a contratação e descobertas de jogadores. Assim, um dos primeiros investimentos veio do Verese, por 55 mil liras, era o avançado Franco Ossola. Ele se junta a outros bons nomes da base como o defensor Sergio Piacentini.

 
Após uma temporada de testes da administração Novo, começaram a chegar os calcitores que formariam a grande Squadra nos anos seguintes. Ocorrem grandes aquisições no Verão de 1941, como o médio-avançado Romeo Menti (comprado da Fiorentina), o atacante Pietro Ferraris (trazido da Internazionale, havia sido campeão do mundo em 1938), além de três craques da Juventus: o guarda redes Bodoira, o ponta Borel e o centroavante Gabetto. Na temporada 1941/42, depois de fazer o embrião da equipe, Egrierbstein enfrenta problemas por ser judeu e devido ao regime da época volta fugido para a Hungria com sua família. Os Touros passaram a contar com Andrea Kutik de técnico, terminam na segunda colocação (3 pontos atrás da Roma) e com o melhor ataque do torneio (60 gols marcados). Ainda faltava algo, o presidente Novo sabia disso, e na temporada 1942-43, busca do Triestina o médio Giuseppe Grezar, e em Veneza dois grandes nomes de prestigio: o médio avançado Ezio Loik e o maestro genial Valentino Mazzola.
 
A NOVA MENTALIDADE NO JOGO ITALIANO: O MÉTODO VIRA SISTEMA.
 
Naquele período vivia-se também um novo momento tático, os ventos traziam da Inglaterra (Londres) um revolucionário sistema criado pelo genial Herbert Chapman, o WM. Poucas equipes, contudo, sabiam utilizar o método de forma proveitosa, os Touros serão soberbos nessa incorporação. Isso, certamente, foi possível com a vinda de  Felice Borel e a colaboração dos pratas da casa Giacinto Ellena, Mario Sperone e Roberto Copérnico, para a mudança de postura em campo – não eram apenas influenciadores, todos eles seriam técnicos ou faria parte de comissão técnica no futuro. Além de induzirem o presidente Novo a contratar o técnico húngaro Kutik, se dispuseram a formar a incorporação do WM, projetando no campo um “quadrado” com Ellena voltando pra fechar o meio campo. Tempo depois Kutik daria lugar a Janni, outro grande influenciador do processo. Assim, seria abandonado o arcaico 2-3-5 para um novo método de organização, ao qual o talento e inteligência dos craques do Torino surtiriam maior efeito.

Os primeiros resultados foram ruins, sofrendo derrotas para a Ambrosiana (Inter) e o Livorno. Mas a partir do derby, aplicando 5 a 2 na Juventus, o Torino aprumaria jogo atrativo e intenso com outras grandes vitórias, como diante dos fortes correntes Genoa (3x1), Roma (4x0 e 4x0), Fiorentina (5x0 e 3x2), Bologna (2x1 e 2x1), Lazio (3x2) e novamente frente a Juventus por 2 a 0, gols de Piacentini e Ferraris. A corrida foi bastante disputada contra o Livorno. Só havendo definição na ultima rodada, graças ao gol decisivo de Valentino Mazzola, frente ao Bari (1x0). Após 15 anos desde sua ultima conquista, o Torino voltava a sagrava-se Campeão Italiano. Foram 20 vitórias e 4 empates em 30 jogos, com um ponto de frente (44 a 43) do Livorno. Também venceriam a Copa da Itália (um recorde de 5 vitórias em 5 partidas contra o Anconetana, Atalanta, Milão, Roma e Veneza, 20 gols marcados e 0 sofridos).

 
As conquistas, porém, ocorrem em meio a ascensão da Guerra, que ganhava força e tornava os caminhos do futebol tortuosos. Impossibilita inclusive a continuidade da Liga Italiana, que ficaria paralisado até 1945.


Durante a segunda Guerra Mundial, na figura do ditador Benito Mussolini,  o Reino da Itália desenvolveu um regime autoritário, opressor e ultranacionalista, denominado dentro da ideologia como política fascista. Emergindo com mais força após a primeira Guerra, como uma espécie de reação à Revolução Bolchevique de 1917 e às fortes lutas dos trabalhadores e seus sindicatos, sua expanssão também culminando no biennio rosso, em reação a controvérsia sobre a sociedade liberal-democrática.  

 
ROMANCE PARA A ETERNIDADE
 
Quando a Guerra finalmente termina, toda a Itália aos poucos tenta retomar à vida normal. O futebol é um dos planos mais fundamentais dessa ressureição nacional, principalmente, através do grande futebol que será desenvolvido pelo Torino. Os estádios cheios eram a forma das pessoas recuperarem a esperança em meio a um país traumatizado pela Guerra, aquele sentimento será idealizado nas camisas grenás. Mesmo passados dois anos, ainda se conservava nas bases do Torino a equipe que iniciava um predomínio no Calcio. Aquele grupo ficaria ainda mais forte com as chegadas de novas estrelas. Do Savona, veio o guarda redes Baciglupo, o lateral Ballarin chega da Triestina, e do Spezia o médio Castigliano. Outro importante retorno foi de Maroso (revelado pelo clube havia sido emprestado ao Alexandria), se tornaria uma bandeira na história do clube.
Aos poucos o cálcio tenta retornar com alguma dificuldade. Na época 1945-46, o Campeonato Italiano incluía uma fase territorial, devido as obstáculos de logística ainda mais prejudicados na Itália. Na fase de grupo (pela divisão Norte), o Torino triunfou com plena dominância, incluindo goleadas frente ao Genoa (6x0), Milan (4x0), Bologna (4x0) e êxitos importantes ante Juventus (1x0), o Brescia (3x1) e a Internazionale (1x0). A fase seguinte colocou uma disputa frente a Juventus pelo título, após vitorias importantes como nos 3x0 no Milan e 1x0 na Internazionale, na penúltima rodada o Torino bateu o arquirrival por 1x0. Depois arrasaram o Livorno (9x1), enquanto a Juve empatou com o Napoli. Resultados que deram a terceira conquista Italiana da vida do Torino (14 jogos, 11 triunfos e 43 gols marcados, apenas 3 revés), a segunda da Era Novo. Castigliano (com 13 tentos) ainda terminou como artilheiro.

Muito se lamenta inclusive o fato de não ocorrerem Copas do Mundo nesse período, afinal essa incrível geração teria grandes chances de aspirar a façanha. A Seleção Italiana poderia ter contado em um Mundial com um grupo entrosado e incrível. Para noção um amistoso contra a Hungria, vencida por 3 a 2 (11 de maior de 1947), a Seleção da Itália contou com 10 atletas do Torino, apenas o goleiro não era do time.
 
Na temporada seguinte, agora com 38 jornadas buscando maior soma de pontos, a conquista foi ainda mais impressionante, com predomínio dos Touros do começo ao fim, apesar de vago equilíbrio até o meio da temporada (a 1º fase teve destaque as goleadas de 4x0 no Bologna e 7x2 na Fiorentina). Mas na fase final, o Torino de Mazzola & cia consegue uma sequencia de dezesseis jogos invictos com 14 triunfos, das quais vitorias frente a Lazio (5x1, com 3 gols de Mazzola), Juventus (1x0, gol de Gabetto), Roma (4x0), Internazionale (5x2, Mazzola fez 2), Fiorentina (4x0) e Milan (6x2, com 3 gols de Gabetto), para ganhar novamente o Scudetto. A incrível marca foi elevada com 104 gols marcados, uma media de 3 por partida. Mazzola foi o grande artilheiro com 29 gols, era o grande símbolo da equipe. Suas corridas sempre elegantes em campo, grande físico, perfeito no controle de bola e nos dribles, muito senso coletivo com visão de jogo e capaz de arremates poderosos. Tratava a bola como uma joia rara, tinha um futebol romântico e sedutor como era o Grande Torino. Sendo que, quando precisava, também cerrava os dentes e virava um jogador de muita raça e disposição, ou melhor: um touro indomável. Para muitos dos que viram-no ele foi o melhor jogador italiano da história.
 

 
A fama de como jogava o Torino ganhava apelo mundial. Poucos souberam traduzir tão bem os melhores aspectos do jogo de época como a equipe grená, a partir do entendimento do avanço do futebol. A equipe formava uma espécie de quadrilátero composto de duas linhas (algo do tipo 3-2-2-3 ou nos topos do "W" e "M", como mandava a cartilha projetada por Herbert Chapman), privilegiando a inspiração dos atacantes e protegendo a defesa. Aquele modulo chamado na Europa, passou a ser decifrado na Itália como um sistema. Atrasando um centromédio a defesa em resposta à mudança da regra do impedimento, o WM convergia um arranjo de jogadores a otimizar o jogo dos Touros. Acontecia do mediano Grezar descer até a defesa ficando ao lado de Rigamonti; enquanto Ballarin e Maroso poderiam fazer transição de ataque/defesa; a perda de um meio-campo fazia o ponta-esquerda Pietro Ferraris recuar, formando duas linhas de 4. Assim, seria o Torino um dos pioneiros ou melhor idealizador do jogo de blocos e compacto. O sistema também era mais dinâmico e equilibrado, com os jogadores certos dava grande controle do meio campo. Aquela mudança também interessaria ao treinador italiano Vittorio Pozzo, corroborando na espinha dorsal do Torino.

Aliando um brilhante trabalho em grupo, com velocidade, plasticidade e jogo intenso, o Torino fez o melhor campeonato de sua história em 1947-48, o grande auge da Squadra. Os grenás conseguiram uma incrível marca de pontuação fazendo 65 pontos e 29 vitórias (dois recordes surpreendentes!), em um total de 40 jogos (com vantagem de 16 pontos de frente do Milan, Juventus e Triestina, estabelecendo outra façanha), desse modo quebrando vários recordes na história do Calcio. A caminhada incluiu-se goleadas de 6x0 no Luchesese, 7x1 na Roma (por tempos a maior goleada fora de casa), 7x1 na Salernitana (3 gols de Loik), 5x0 na Inter (show do trio Loik, Mazzola e Gabetto), 5x0 na Fiorentina, 5x1 no Bologna (Gabetto marcou 3x), e a maior diferença já feita em casa por uma equipe italiana: 10 a 0 na Alexandria (Loik marcou 3, Grezar 2x). Ainda ocorreu uma sequencia incrível de 21 jogos sem perder (com 17 vitórias e 4 empates) a partir da 20º rodada, que sobrepôs principalmente o Milan (vice-campeão e derrotado por 2x1 no penúltimo compromisso). Encerrariam com a inigualável contagem histórica no Calcio de 125 gols assinalados e uma média absurda de 3,15 gols/jogo (Mazzola foi vice artilheiro com 25 gols, Gabetto marcou 23).

Algumas mudanças ocorreriam para a temporada seguinte, fazendo notar que o Torino foi uma grande equipe idealizada por vários mentores. Com o encerramento da Guerra, a equipe tem a volta do seu primeiro agregador Erbstein, outro técnico (o inglês Leslie Lievesley) também se juntará ao elenco, mas nada muda o brilho da equipe, ambos convergiam ao mesmo empenho. Dessa vez, contudo, a corrida pelo título seria bastante disputada frente a Internazionale e ao Milan (ao qual o Torino chegou aplicar 4x1, com 2 gols de Ossola), ainda mais intercalando um traumático ocorrido. Após empatar com a Inter, o Torino ficou 4 pontos na frente, e com favoritismo para mais uma taça. Mas nessa etapa o clube afirma um compromisso em Lisboa, contra o Benfica, que mudará para sempre o destino do clube.

 
A TRAGÉDIA

 
A partida foi planejada por Francisco Ferreira (capitão e principal jogador português) que convidou para um confronto de equipes, o lendário italiano Valentino Mazzola, quando se conheceram em ocasião do jogo entre Itália e Portugal disputado em Gênova. O duelo que marcou a despedida do craques português, também seria o inicio do fim de uma das mais brilhantes gerações da Itália.
Após a partida, a tripulação do Torino decolou às 9h52’ do Aeroporto da Portela, em Lisboa, e fez escala para reabastecimento em Barcelona às 13h15’, retomando percurso as 14h50’, como previsto. Ao aproximar-se do espaço aéreo italiano a delegação recebe a noticia de um forte mau tempo, que parecia dar o prenuncio da desastre: os céus choravam e o vento ecoava gritos de temor...

A chuva forte e o tempo nublado acompanhava o Avião (Fiat G.212, o trimotor I-Elce). Após um ultimo contanto com a estação de rádio, quando buscavam aterrar na pista do aeroporto em Turim, os pilotos perderam a vista e o controle da aeronave, o avião direcionou-se pelas nuvens baixas ao ponto de esmaga-se frente a colina da Superga na traseira da Basílica, envolto de uma névoa espessa. O impacto foi impetuoso ao ponto de não restar nenhum sobreviventes. Morreram 31 pessoas, dos quais 18 eram jogadores do Torino: Mazzola, Rigamonti, Grava, Loik, Baciglupo, Ballarin I, Ballarin II, Fadini, Castigliano, Gabetto, Bongiorni, Gezar, Maroso, Martelli, Menti, Ossola, Operto e Supert. Além de 2 Treinadores (EgriErbstein e Lievesley), 2 dirigentes (Agnisetta e Civalleri), um massagista (Ottavio Cortina), 3 executivos Arnaldo Agnisetta, Bonaiuti e Andrea Ippolito Civalleri e três dos melhores jornalistas esportivos italianos: Renato Casalbore (fundador do Tuttosport), Renato Tosatti (Gazzetta del Popolo) e Luigi Cavallero (La Stampa). Entre outros membros da tripulação. A trajetória majestosa do Grande Torino foi assim interrompida tragicamente naquele 4 de maio de 1949, às 17h05, em um dos momentos mais tristes – se não o mais – que vivenciou o futebol. Coube a Vittorio Pozzo missão mais ingrata, em meio a dor, reconhecer os corpos dos seus garotos. Aquele grande Torino morria deixando um misto de desespero e comoção por toda a Itália e Europa.

 
 
As homenagens foram intensas, uma procissão duradoura com os caixões alinhados no Palazzo Madama, com cerca de meio milhão de pessoas comparecendo ao funeral do dia 06 de maio de 1949. A cidade de Turim abraçou aquele grupo, com sentimentos mistos de emoção, dor e lamentação. Nas paginas dos jornais, Indro Montanelli escreveria algo sintetizando o acontecimento:
 

"Os heróis são sempre imortais aos olhos daqueles que acreditam neles.
E assim as crianças acreditarão que Turim não está morto: apenas fora de casa".

 
 
Alguns dias depois o Torino buscou se reconstruir com os jovens. O grande Ferruccio Novo tratava de uma pneumonia brônquica e não esteva no Avião. Também escapou, devido permanecer em casa para o nascimento do filho, o comentarista Nicolo Carosio. Ainda restavam quatro partidas para o fim do campeonato, com uma incrível demonstração os jovens venceram todos os jogos restantes: 2x0 na Fiorentina, 4x0 no Genoa, 3x2 na Sampdoria e 3x0 no Palermo. Em um grande gesto de respeito, os quatro rivais também escalaram juvenis. O Torino conquistou novamente o Calcio, a quinta Liga Italiana vencida consecutivamente! A conquista (25 vitórias e 10 empates em 38 jogos), contudo, foi marcada pela lembrança da tragédia e muita emoção.
 
Encerra-se o romance do grande Torino (1943-1949), uma equipe que sempre esteve face a face entre a glória e a tragédia. Só voltariam a conquistar outro campeonato em 1975-76, até hoje o ultimo de um clube que nunca mais seria o mesmo. As façanhas da grande equipe dos anos 40, porém, são eternas. Seu jogo coletivo e brilhante, fez amenizar dos italianos as memorias mais dolorosas, despertando novamente o desejo pela vida, fazendo acreditar que ainda existia o belo, mesmo em meio aos estilhaços da Guerra. Foram o contraponto do imponderável, a Itália viu no Grande Torino, como não verá em nenhuma outra equipe, os aspectos mais intensos e contraditórios naquele fenômeno puro e genuíno, elevando o futebol mesmo em tempos nebulosos. Afinal, como dizem as crônicas sobre a equipe, só o destino poderia com eles.
 
 

 
 

CONQUISTAS E CAMPANHAS
 
Campeões do Campeonato Italiano de 1942-43, 1945-46, 1946-47, 1947-48, 1948-49.

OBS: nas temporadas 1943-44 e 44-45 não houve campeonato devido a eclosão da Guerra.

Copa Itália
1942-43.

OS FEITOS HISTÓRICOS & LEGADO
 
- Mudaram a mentalidade do jogo italiano ao absorverem uma tática que permitia melhor proveito da compostura técnica, sem desguarnecer a defesa, quando a Itália passou a conhecer o “sistema” e abandonou o “método”.

- Foram alento no pós-guerra, com seu jogo magnifico fizeram as pessoas novamente acreditar na beleza da vida.

- Conseguiram o maior número de temporadas (4) e jogos (93 partidas, com 83 vitórias e 10 empates) invictos dentro de seus domínios no período de janeiro de 1943 a abril de 1949. 

- Detiveram o recorde de jogadores na Seleção Italiana com 10 atletas, apenas o goleiro não era do clube (no dia 11 de maio de 1947, Itália 3x2 Hungria).

- Alcançaram o maior número de pontos em um campeonato no antigo sistema (foram 65 pontos, quando a vitória valia 2 pontos).

- Obtiveram o maior número de vitórias em uma temporada da Liga (29 êxitos), numa etapa que ficaram conhecidos como Invencíveis. Sendo ultrapassados somente pela Inter em 2007 com 30 vitórias.

- Conquistaram uma Copa da Itália com recorde de 5 vitórias em 5 partidas marcando 20 gols marcados sem sofrer nenhum.

- Fizeram a maior diferença de pontos para o segundo colocado (16).

- A equipe que mais gols marcados (125) e teve a melhor média feita  (3,15).

- Aplicaram a maior goleada em casa (10 a 0 no Alexandria) e maior goleada fora (7 a 0 na Roma).
- Em cinco campeonatos vencidos a equipe assinalou 408 gols (sendo 97 do capitão Valentino Mazzola).