Desde as origens, que começa com a separação do clube de ginástica Munique 1879, devido à congregação impedir jogadores de ingressar na DFB, tendo onze atletas liderados por Franz John, dentre os 17 membros que assinariam o documento da criação do Bayern em 27 de fevereiro de 1900, o clube passou por períodos complexos até se estabelecer como protagonista. Com seis anos de existência, por questões financeiras e disponibilidade de campo, o clube fez algumas fusões, mesmo mantendo sua independência. A etapa mais difícil ocorreu justamente em meio a primeira conquista, em 1931-32. Por ter dirigentes judeus, o Bayern foi perseguido por Aldolf Hitler. O dirigente Kurt Landauer, um judeu nascido na Baviera, chegou a ser enviado ao campo de concentração em Dachau e desligado do clube - conseguiria abrigo na Suíça até poder voltar ao cargo.

Foram anos traumáticos para os alemães, o país ficou devastado pela Guerra e o futebol local ficou inativo por quase uma década. A ascensão do Nazismo praticamente obrigou o Bayern a fechar as portas, tendo vários dos seus atletas forçadamente enviados aos campos de batalha como soldados, a maioria acabara morrendo. Foram impostas ainda tributações dos seus bens, o clube perdera toda o corpo físico e representativo. Só mesmo graças a coragem e perseverança de um homem, o primeiro capitão campeão do Bayern, Conrad Heidkamp, que a história do clube não caiu nas mãos dos comandados de Hitler. O ex-capitão enterrou os troféus do clube para que o exército nazista não confiscasse. Passado o período de conflitos, a Alemanha buscou se reestabelecer em todos os aspectos. Quando a Seleção conquistou a primeira (1954, na Suíça) das quatro Copas do Mundo, o Bayern ainda estava bem longe do papel triunfante. Só na temporada 1966-67, já com o campeonato sendo organizado por uma liga profissional (Bundesliga), o gigante da Baviera despertou definitivamente. Foi a conquista nacional de 1968-69 (18 vitórias, 10 empates e 6 derrotas em 34 jogos),  tendo Müller como artilheiro (30 gols), o marco inicial da primeira era dourada.

Com apenas uma conquista no futebol alemão (1931-32) e superando crises terríveis como a perseguição na segunda Guerra Mundial, o Bayern de München começou a se tornar uma potência europeia somente em meados dos anos 1960. As transformações radicais vividas no clube se iniciaram com a promoção à divisão principal da Alemanha em 1964-65, quando surgiu os pilares da base: o goleiro Sepp Maier, o zagueiro/líbero Franz Beckenbauer e o centroavante Gerd Müller. Outros jovens seriam aproveitados tempo depois quando Udo Lattek assumiu o comando técnico, como Paul Breitner e Uli Hoeneß.
 
SUPREMACIA NA ALEMANHA
& ABSORÇÃO DO ‘FUTEBOL TOTAL’

A reconstrução com os jovens da base rendeu as conquistas da Recopa Europeia (Taça das Taças), do Campeonato Alemão e de quatro Copas da Alemanha, demonstrando a significativa ascensão. Sob o comando técnico de Udo Lattek a partir de 1970, o Bayern vinha aflorando um time entrosado e competitivo. O treinador seria peça-chave no aprimoramento dos talentos promissores do clube, desabrochando uma equipe de consciência tática, velocidade, força física e atributos técnicos. O começo na temporada 1971-72 foi arrasador, o Bayern esteve os 14 jogos iniciais da Bundesliga invicto, aplicando algumas goleadas (4x1 no Braunschweig, 5x1 no Duisburg, 4x1 no Hamburger), seria a projeção definitiva com um reinado das mais brilhantes gerações da história. Ao sofrer revezes, os bávaros responderam com uma sonora goleada, a maior já aplicada como mandante pelo clube: 11 a 1 sobre o Borussia Dortmund, com 4 gols de Gerd Muller, 2 de Hoeneß, 2 de Roth, além de Hoffmann, Breitner e o já destacado Beckenbauer. A decorrência da competição no segundo turno, apresentou uma equipe vocacionado para gols, com o Bayern aplicando 5x1 no VfL Bochum, 4x1 no Stuttgart, 6x2 no Werder Bremen e nas quatro ultimas rodadas destroçou os adversários diretos pelo título. Após alargar 4 a 1 no Werder Bremen, 6 a 3 no Eintracht Frankfurt e vencer por 1 a 0 o Borussia Dortmund,  o último jogo acabou sendo a decisão contra o arquirrival Schalke 04, valendo a taça.
 

Esse período também marcou a inauguração do estádio Olímpico de Munique (Gerd Muller foi o autor do primeiro gol, seriam 4 em jogo contra a URSS), dia 26 de maio, visando as disputas da Olimpíada e da Copas do Mundo. Naquele 28 de junho de 1972 foi também a primeira vez do Bayern na nova casa. Com gols de Hansen, Breitner, Hoffmann, Hoeneß e Beckenbauer e atuação perfeita no conjunto, o Bayern venceu por 5 a 1 o Schalke, coroando uma conquista indiscutível. Foram 24 vitórias e 7 empates em 34 jogos, incríveis 101 gols marcados e apenas 38 sofridos. A receita do clube foi recorde em 1,2 milhão de marcos alemães. Sendo a base do grande sucesso esportivo e econômico do clube. Gerd Müller também marcou 40 gols na temporada da Bundesliga, um recorde irretocável. 

A gloriosa fase continuou no mês de junho. 
Passava a ser comum muitos jogadores do Bayern formarem a Seleção da Alemanha e, seria na conquista da Eurocopa de 1972, o começo da história ou ditado de “quando o Bayern vai bem, a Alemanha também”. Na decisão vencida pelos germânicos com um 3 a 0 diante da União Soviética, dia 18, seis jogadores do Bayern eram titulares (Maier, Schwarzenbeck, Beckenbauer, Breitner, Hoeneß e Müller).


Na época seguinte (1972-73), o Bicampeonato veio com mais dominância. Em 34 jogos, o Bayern alcançou 25 triunfos e 4 empates, fazendo uma diferença de onze pontos para o vice, FC Köln. Os placares elásticos foram presentes diante do RW Oberhausen (5x0 na estreia), Hertha BSC (4x0 e 5x2), Schalke 04 (5x0), Hannover 96 (7x2), o concorrente direto Wuppertaler SV (4x1), além do Stuttgart por 5 a 1 e o Kaiserslautern por 6 a 0, sendo Gerd Müller novamente o artilheiro (36) da competição. Na disputa da Copa dos Campeões da UEFA, depois de passar por Galatasaray (1x1 e 6x0), Omonia (9x0 e 4x0), o clube de Munique foi severamente derrubado pelo jogo total do Ajax de Neesken, Cruyff & cia, então Bicampeão Europeu e a caminho da terceira conquista. Atual bicampeão da Alemanha, porém, o Bayern assegurava sua participação na edição europeia seguinte.

 
DOMININADORES DO PLANETA BOLA

Mais experiente na competição, mantendo um elenco cheio de estrelas e cada vez mais entrosado, o Bayern de München começaria a dominar a Europa. A primeira fase se mostrou complicada, quando após vencer por 3 a 1 e ser surpreendido na Suécia (1x3), a classificação sobre o Åtvidaberg só veio nos pênaltis (4x3). Na etapa seguinte diante do  Dynamo Dresden, da Alemanha Oriental, uma vitória por 4x3 e um empate de 3x3 na volta, garantiram o Bayern nas quartas de finais. O adversário era o CSKA, da Bulgaria, que havia deixado todos incrédulos por eliminar o então Tricampeão Europeu Ajax. Sem maiores surpresas, o Bayern destruiu a equipe búlgara ao aplicar 4 a 1 na Alemanha e assim avançou mesmo com derrota mínima (1x2) na volta. Pela frente, nas Semifinais, o Bayern empatou o primeiro duelo fora com o tricampeão húngaro (seria hexa), Újpesti, por 1x1. Na volta ocorre uma das melhores partidas dos bávaros, com gols Torstensson, Horváth (contra) e Gerd Müller o Bayern aplica 3 a 0 nos húngaros e avança para a decisão. Na outra round da chave, o Campeão Espanhol Atlético de Madrid seria o oponente da final depois de se classificar com um 2 a 0 sobre o Celtics.
 
17/05/1974 - Bayern München/ALE 4 x 0 Atlético Madrid/ESP 
Final - Copa dos Campeões da UEFA
Heysel Stadium, Bruxelas, Bélgica. Árbitro: Alfred Delcourt/BÉL

Gols: Hoeness aos 28’ do 1º tempo; Muller aos 8’, aos 26’ e Hoeness aos 38’ do 2 º tempo.
BAYERN: Maier, Hansen, Beckenbauer, Schwarzenbeck e Breitner; Roth; Zobel e Kapellmann; Hoeness, Torstensson e Muller. Técnico: Udo Lattek.
ATM: Reina, Melo, Heredia, Eusebio e Capón; Adelardo (Benegas), Aragonés e Salcedo; Alberto (Ufarte), Gárate e Bezerra. Técnico: Juan Carlos Lorenzo

Na Bélgica, em Vital Loraux, Bruxelas, dia 15 de maio de 1974, não se teve a concretização do desfecho em uma partida muito táctica, onde o nervosismo e o medo de perder se sobrepuseram ao resto: 0 a 0 no tempo normal. O jogo se arrastou na prorrogação, quando o Atlético abriu o placar com Luis Aragones a seis minutos do fim, tudo parecia decidido. Nos instantes finais, porém, na base do desespero, Schwarzenbeck arremata de longe e Reina não alcança a bola rende a trave direita, que afunda as redes colchoneras, o Bayern buscava uma igualdade milagrosa. Os bávaros festejavam efusivamente enquanto alguns jogadores colchoneros desabavam no gramado inconformados. Pela primeira vez e única vez na história da Liga dos Campeões se estenderia uma final desempate, que ocorreu dois dias depois, só mudando o palco, que passou a ser o estádio Alfred Delcourt. Os espanhóis começaram a todo vapor, tentando compensar sua vitória quase certa anteriormente, já os alemães aguentavam a pressão e estudavam o adversário para um golpe certo. Seria em um contra-ataque fatal, que Uli Hoeneß inaugura o marcador aos 38’. Sentindo o golpe, o Atlético passou a ceder, enquanto o Bayern ganhava terreno, com muita classe e força. Gerd Müller refaz o placar aos 58 e aos 71, se isolando na artilharia (8) e afundando de vez as esperanças de Madrid. Hoeneß ainda dá o baque final para a consagração alemã. O Bayern conquistava a sua primeira Copa dos Campeões da Europa.

O progresso dos bávaros teve pilares construídos na base, no ato dos jogadores se conhecerem e adquirirem conexão mutua, crescendo organicamente e acomodando peculiaridades.  Os primeiros sentidos foram dados por Cajkovski, mas foi mais bem desenvolvido por Udo Lattek. No aspecto físico eram incansáveis e determinados, taticamente se diferenciavam nas variações, defendendo no 4-3-3 e atacando no 4-2-4. Jogavam com muita concentração, disciplina e técnica. Começavam por um goleiro seguro como Maier. Se a Alemanha vivia uma cultura de pluralismo, essa representação foi apresentada por Beckenbauer, um jogador diferente no senso das ideias e nas decisões do campo, organizando a saída e a penetração ofensiva desde o campo defensivo. Breitner era um jogador de inúmeras virtudes e conseguia jogar em muitas funções, todas com muita técnica. Os escapes de Kappellmann lhe fazia um jogador que mudava o sentido tático da organização, seja como 3 homens no meio ou um quarto elemento de ataque. Já Hoeness e Müller eram os diferenciais do ataque, armas certeiras no caminho dos gols. O Bayern gostava de controlar a posse, propor o jogo e, apesar de fazer a marcação alta, diferente dos holandeses não eram ferozes nessa pressão da saída de bola e a armadilha dos impedimentos. Jogavam e deixavam jogar. A equipe adquiria um volume de jogo impressionante, com todos tendo liberdade para atacar e também responsabilidades defensivas (a exceção de Müller, que apenas cobria zonal). Com Dettmar Cramer pouco foi mudado a estrutura, mas tornou a equipe mais objetiva.

Assim como a conquista da Eurocopa, o enredo da Taça dos Campeões seria apenas parte do império alemão no futebol. Dois meses depois, passando por Chile, Austrália, Iugoslávia, Suécia e Polônia em grupos de classificação, a seleção da Alemanha formada por sete jogadores do Bayern (Maier, Breitner, Schwarzenbeck, Beckenbauer,  Hoeneß e Muller titulares; só Kapellmann era reserva) chegava a finalíssima da Copa do Mundo e superava o revolucionário ‘jogo total’ dos Holandeses, orquestrados por Cruyff, Neeskens & cia. Breitner (de pênalti) e Müller (em chute inesquecível) fizeram os gols 2 x 1, que deram a histórica conquista de 1974 aos germânicos.

Pela disputa interna na Alemanha o poderio do Bayern continuava, mas passou a ganhar um rival potente na corrida pela hegemonia: o Borussia Gladbach
. Devido a conquista da Copa, a primeira fase do Campeonato Alemão mostrou um Bayern desatento, embora fizesse grandes jogos como nos triunfos diante do Hamburgo (4x1) e Stuttgart (3x0), a defesa passou a ser muito vazada e o time sofreu 4 derrotas nas primeiras 18 rodadas, tendo o Borussia na ponta. Para o padrão Bayern, aquilo era preocupante e o desenrolar do certame teria de ser mais consistente. Foi justamente o que ocorreu a partir da goleada frente ao Fortuna por 5 a 1, compenetrando seu jogo dominante os bávaros ficaram 15 jogos invictos, com mais goleadas sobre Wuppertaler (4x1), Schalke 04 (5x1), Hannover 96 (5x1), Köln (4x1), MSV Duisburg (4x0), VfL Bochum (4x0), Hamburgo (5x0) e a consagração na penúltima rodada com vitória por 1 a 0 diante do Kickers Offenbach. O Bayern foi campeão com um ponto de vantagem do rival Borussia Mönchengladbach (grande rival da década), atribuindo 20 vitorias, 9 empates e 5 derrotas, com 95 gols assinalados. E para variar, pela terceira vez seguida, der Bomber  era o goleador máximo ao lado de J. Heynckes, ambos com 30 gols.

Por considerar as atitudes dos sul-americanos antidesportivas e não encontrar datas, o Bayern desistiu da Copa Intercontinental no começo de 1975. Pelo Campeonato Alemão, a equipe não manteve a força e o técnico Udo Lattek acabou demitido em situação polemica, após dizer que a equipe necessitava de mudanças. O presidente Wilhelm Neudecker respondeu: "Correto. Você está demitido". Para o lugar dele foi contratado Detmmar Cramer e o restante da Bundesliga acabou sendo apenas preparatório a Copa dos Campeões da Europa, iniciada em outubro para os Bávaros. Sem muito trabalho a equipe começou despachando o também alemão Magdeburg com duas vitorias (3x2 e 2x1). Na fase seguinte o Bayern teve trabalho diante do modesto Ararat Yerevan, da Armênia, depois de vencer por 2x0 com gols de Hoeneß e Torstensson na ida, o time foi pressionado e derrotado por 1x0 na volta. Cumprido a meta chegava a Semifinal diante do forte Saint Ettiene e na primeira partida um 0 a 0 tenso, mas tudo se resolveu na volta com gols de Beckenbauer e Dürnberger, era a classificação à mais uma decisão.

 
28/05/1975 - Bayern München/ALE 2 x 0 Leeds United/ING 
Final - Copa dos Campeões da UEFA

Parc des Princes, Paris, France. Árbitro: Michel Kitabdjian/FRA
Gols:  Roth aos 26’ e Müller aos 36’ do 2 º tempo.
BAYERN: Maier, Andersson, Beckenbauer, Schwarzenbeck e Dürnberger; Roth,  Zobel e Kapellmann; Hoeness, Torstensson e Muller. Técnico: Dettmar Cramer.
LEEDS: Stewart; Reaney, Madeley, Hunter e Gray; Lorimer, Bremner (c), Giles e Yorath; Jordan e Allan Clarke. Técnico: Jimmy Armfield

A decisão na bela Paris, dia 28 de maio de 1975, no Parc dos Princes, com quase 50 mil pessoas, foi uma das mais polemicas da história. O jogo já seria paralisado aos 3’, enquanto Bremner deu uma entrada criminosa em Andersson, que acabou substituído por Weiß. O Leeds abusava de faltas duras e impôs seu jogo forte, começou melhor com  investidas de Allan Clarke, Bremner e Lorimer. Sem conseguir criar jogadas, o Bayern se perdia nos lançamentos diretos. O time inglês só não abriu o placar com Jordan, porque Maier fez boa defesa. O Bayern ainda perderia Hoeneb em outra falta desleal do adversário. Em mais um lance polemico, dessa vez Beckenbauer derrubou Clarke na área e o juiz assinalou escanteio. Na cobrança, Maier mais uma vez salvou. O Bayern só chegou bem ao ataque com Zobel ao fim da fase primaria. Na volta do intervalo pouco foi alterado o enredo do jogo, a equipe inglesa continuava melhor e aos 3’, o capitão Hunter foi parado em outra defesa fantástica de Meier. O Leeds chegou a marcar com Lorimer, mas o juiz decidiu anular devido uma falta de Bremner no início da jogada (?). Quando finalmente o Bayern reagiu, foi preciso: Roth recebeu de Torstensson, se livrou da marcação de Hunter e, da entrada da área, bateu cruzado no canto direito de Stewart (1x0)! A torcida inglesa protestava contra a arbitragem quebrando parte das arquibancadas e jogando dentro do campo – o Leeds receberia punição de quatro anos sem jogar competições europeias, reduzida depois para dois anos. Sem ter nada com isso, o Bayern continuou dominando a luta e aos 36’ da etapa complementar, Kappelmann cruzou rasteiro para o goleador do torneio (5), Gerd Muller, antecipar a Madeley e chutar na saída de Stewart, 2x0! Nada mais saiu do controle do Bayern, que esperou o tempo passar para comemorar o Bicampeonato da Europa!
 
O TRICAMPEONATO EUROPEU BÁVARO

Mais uma vez o Bayern não se esforçaria nos torneios internos na temporada seguinte e o objetivo foi alcançar a terceira conquista europeia seguida, igualando o feito do Ajax. Pela frente os alemães iniciaram frente ao Jeunesse Esch, de Luxemburgo, com vitorias sem dificuldades em 5 a 0 e 3 a 1. A fase seguinte apresentou o Malmo dificultando ao vencer por 1x0, mas na volta o Bayern reagiu e buscou a classificação com um 2x0. Nas quartas um adversário de peso, o Benfica, terminando zerados no primeiro duelo. No jogo de volta, contudo, o Bayern mostrou seu grande poderio com uma goleada maravilhosa de 5 a 1. O Real poderia ser outro adversário a dar trabalho quando novamente o Bayern empata o round, porém, o time alemão mostrou sua força com Gerd Muller fazendo 2 a 0 e qualificando-se a outra finalíssima. O grande adversário da vez era o Saint-Étienne, então Tricampeão Frances, que acabar apor eliminar o PSV.
 
12/05/1976 - Bayern München/ALE 1 x 0 Saint-Étienne/FRA
Final - Copa dos Campeões da UEFA

Hampden Park, Glasgow, Escócia. Árbitro: Károly Palotai/HUN
Gols:  Roth aos 12’ do 2 º tempo.
BAYERN: Maier, Hansen, Schwarzenbeck ,Beckenbauer  e Horsmann; Dürnberger Roth e Kapellmann; Hoeness, Rommenigge e Muller. Técnico: Dettmar Cramer.
S-Étienne: Ćurković; Repellini, Lopez, Piazza e Janvion; Bathenay, Santini e Larqué; Rocheteau (Sarramagna), H. Revelli e P. Revelli. Técnico: Robert Herbin

Em Hampden Park, Glasgow, a decisão se consumou dia 12 de maio de 1976. Fazendo boa troca de passes e marcação zonal, o Bayern ganhou campo e pressionou os Les Verts. Dürnberger  liberou Müller, que sozinho marcou, mas o gol foi considerado impedido e anulado por Károly Palotai. A equipe francesa achou espaço com Bathenay, em lance ao qual acertou a trave de Maier. O povo chamaria aquelas traves de "les poteaux carrés" (Os postes quadrados). Os alemães chegaram outras vezes, como em chute de Hoebeb perto do fim da primeira etapa, mas nada mudou. No segundo tempo, com mais decisão, o Bayern achou o gol aos 57’. Beckenbauer cobrou uma falta, a bola foi tirado ao escanteio. Na cobrança o Kaiser rolou a bola para Roth, que em jogada pessoal circulou a defesa francesa pela diagonal e arrematou assinalando o gol da consagração!
 
"WELTPOKAL" (A TAÇA DO MUNDO)

Talvez por ser um adversário brasileiro, o Cruzeiro vencera sua primeira Libertadores diante do River Plate, o Bayern finalmente achou datas e decidiu por jogar a Copa Intercontinental em 1976. Ainda disputado em dois jogos, o título que dava a representação de 'Campeão Mundial' seria importante para mostrar a completa soberania da equipe alemã, conforme diria Kapellmann anos depois. No primeiro jogo, na Alemanha, o Bayern contruiu o triunfo na segunda etapa com Kappellmann aos 35' (da entrada da area, arremate certeiro no canto direito do goleiro Raul) e, dois minutos depois, Müller (dominando uma bola em meio a defesa cruzeirense e rapidamente executando). A partida de volta ocorreu dia 21 de dezembro, no Mineiro, e os alemães se viram pressionados, mas seguraram o entusiasmo cruzeirenses empurrado por mais de 120 mil pessoas. O empate em 0 a 0 garantiu a cereja do bola da soberania alemã no futebol mundial.
 

Anos de mudança se seguiram no gigante da Baviera. Aos poucos a magnífica geração foi sendo desfeita e a era áurea se findou. Franz Beckenbauer deixou o FC Bayern em 1977 para se juntar ao New York Cosmos no Futebol da América do Norte, jogaria ao lado de Pelé. Apenas 12 meses depois, Gerd Müller seguiu os passos do companheiro, foi para o outro lado do Atlântico, no Fort Lauderdale Strikers. Assim, depois de dominar tudo que era possível, por algum tempo o Bayern virou coadjuvante. Seria necessário um novo ciclo, outra geração formidável a ser formada e, como se pode imaginar, influenciar também no domínio da Seleção Alemã.
CONQUISTAS & CAMPANHAS

Mundial Interclubes 1976.
Liga dos Campeões da UEFA 1973-74. 1974-75.1975-76.
Campeonato Alemão (Bundesliga) 1968-69.1971-72.1972-73.1973-74.
Copa da Alemanha (DFB Pokal) 1965-66.1966-67.1968-69.1970-71.